sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Spread the word

Ando a dizer a toda a gente que posso que o livro que nós andamos a ler (não andamos?) é um livro muito útil para se ler. Permite-nos desenvolver áreas meio escuras ou pouco desenvolvidas da nossa personalidade. Ando mesmo interessada em alguns dos assuntos aí focados, como a religião.

Acabei de o recomendar a uma mãe e uma filha que costumo encontrar perto de casa. A filha, que conheci na escola secundária, sente-se meia perdida na vida, sem saber o que fazer a seguir, achando-se longe da sua vocação fundamental, que é ser criativa.

Há dias, numa aula com um professor psicólogo, a ideia forte com que fiquei (a mesma que tenho das aulas todas que ando a ter) é que a maior parte das pessoas não sabe o que quer da vida. Penso que somos forçados a definir a nossa vida muito cedo, se calhar cedo demais. Os meus colegas nesse curso, que andam pelos vintes, estão regra geral apáticos nas aulas, não falam, não põem dúvidas, alguns brincam no computador, mesmo sabendo que o professor os vê no reflexo da janela que nos está nas costas. Who cares? é a mensagem que passam. Como podem interessar-se pelas coisas? O que motiva as pessoas e lhes dá energia? Como afastar esta capa de indiferença generalizada?

Lembrete: É dia 13 o nosso jantar, quinta-feira, com Itália lida. Podem?

domingo, 26 de outubro de 2008

Para sempre, pizza

No meu estado normal, sou louca por pizza. É claro que sou uma "louca" selectiva e monomaníaca. Não me deixo seduzir por uma pizza qualquer... Sempre que penso em pizza (e posso assegurar que isso me acontece mais vezes do que desejaria), imagino uma massa quase transparente de fina, com bolhas tostadas e crepitantes nos bordos e mal cozida no centro, coberta, na medida certa, por molho de tomate delicioso e cogumelos frescos cortados finissímos ou, simplesmente, por pesto. Por isso, sinto-me feliz quando consigo enfiar a família no carro e rumar à Avenida de Roma, ou a Santa Apolónia para ir aos meus restaurantes favoritos. O que é difícil neste processo não é a parte de convencer o resto da família. Eles são um bom exemplo de "quem sai aos seus não degenera". Também adoram pizza. O que é mesmo complicado é conseguir sair de casa a horas decentes e enfiá-los no carro para chegar cedo à pizzaria. Já somos muitos... Acabei de ler a descrição que a nossa protagonista faz da sua passagem por Nápoles e são oito da manhã. Significa isso que passei os primeiros momentos da minha manhã de Domingo a deliciar-me a imaginar como serão as melhores pizzas, da melhor pizzaria de Nápoles, o centro mundial das pizzas, e a sentir verdadeiros ciúmes da Liz que lá foi prová-las. Se me perguntarem agora o que quero para o pequeno-almoço, já sabem a resposta!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Próximo encontro

Penso que vamos marcar o próximo encontro para perto do princípio do mês, quando as carteiras estão mais compostinhas, o que vos parece?
Desta vez o restaurante poderá ser indiano e aqui já precisamos de ter uma parte do livro que permita discussão lida, ok? Itália passa com um speed enorme, a Índia é que demora mais tempo a avaliar. Leiam Itália e vamos jantar, pode ser? As combinações em si hão-de ser feitas por e-mail. Hoje temos uma nova blogger, uma das sócias tem o computador avariado e há duas (!!!!) que ainda não aceitaram o convite para aqui vir. Mexam-se miúdas.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

No chão do WC

Ontem, no meio de sopas e jantares e de mudar fraldas e deitar três miúdos, consegui começar a ler o livro. Assim, de repente, li uma série de páginas e fiquei-me a rir com o momento em que Elizabeth, a autora/heroína está desesperada no chão da casa-de-banho, altas horas da madrugada. Sentindo-se sozinha e desesperada no casamento pede ao seu Deus uma ideia, uma luz, uma ajuda para ultrapassar esta crise.
O Deus de Elizabeth, como um bom e ajuízado Deus deve ser, disse-lhe simplesmente:
"Elizabeth, vai-te deitar!". Assim vale a pena ter Deus, um amigo sensato e compreensivo.

As Alegrias da Maternidade

Uma dedada (pequenina e pastosa) de bolacha esmagada na capa do meu livro da Agatha Christie.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Tarefa cumprida

Apesar de nos últimos anos, com grande pena minha, não ter conseguido ler efectivamente nada a não ser revistas e jornais e blogues e sites, ontem acabei o nosso primeiro livro - "Comer, orar, amar".

Fui a primeira das sócias do clube a fazê-lo e tenho tanta coisa para vos dizer sobre o livro que me estou a sentir bloqueada. Não posso obviamente contar nada, porque senão estrago-vos a piada toda.

Posso, no entanto, dizer que a minha parte preferida foi a segunda, sobre a Índia. Estou a passar por uma fase de grande ponderação mental sobre a religião, depois de uma grande fase em que recusei a existência de Deus - não levem a mal, foram as circunstâncias. Cheguei entretanto à conclusão que é impossível recusar a Sua existência. E Elizabeth Gilbert, com a sua simplicidade fascinante, fala sobre Deus tranquilamente e apresenta-me a sua versão, de que gostei imediatamente.

E, garanto, estas leituras estão a fazer-me aceitar muito melhor os meus defeitos e os dos outros - pode parecer disparate, mas a conclusão é que Deus somos nós.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Biografias

Estão tão concentradas a ler o livro da Elizabeth Gilbert e nem têm tempo de vir aqui? Eu ainda não lhe toquei... sim, eu sei, "tens mesmo de ler o livro". Ando às voltas com a autobiografia da Agatha Christie. Confesso que não sabia bem ao que ia... 550 páginas de letras pequeninas e papel amarelo... mas fiquei cativada na primeira linha: "One of luckiest things  that can happen to you in life is to have a happy childhood".
Simples, ternurento e terra a terra. A ler. :)

PS - tb li a do Picasso, mas essa era um bocado irritante. Ele devia ser absolutamente in-su-por-tá-vel.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Primeira pedra

O livro foi escolhido - "Comer, orar, amar", de Elizabeth Gilbert, para as mais distraídas - e a primeira pedra para este clube de livro acaba de ser lançada. O local escolhido foi o restaurante Esperança, no Bairro Alto. Galhofa, pouco se falou sobre o livro. Uns estiveram na varanda, outros há dois séculos atrás. A comida italiana - como a primeira parte do livro - estava muito boa, a conversa ainda melhor. Duas baixas, a compensar no próximo encontro, que há-de ser em casa de alguém. Toca a ler o livro.