quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Porque é que nasceu o clube?

Tem razão a Annie Hall, tantos dias sem escrever não condiz com um clube de livros. Lembrei-me, por isso, de explicar a "todo" o mundo porque é que me lembrei deste projecto. A Raquel hoje aconselhava-me a ver o filme "Jane Austen's book club". Esse filme, de que gostei imenso, foi justamente o ponto de partida para o clube.
Tenho pena de não conhecer a Jane Austen tão bem como as personagens do filme, mas fiquei mesmo com vontade de dar continuidade ao projecto que iniciaram. Andei quase um ano a melgar a Paula, que andava muito ocupada com a vida :) E, finalmente, lá montámos um esquema simpático, uma reunião mensal, ao jantar, geralmente às quintas-feiras, para conversar sobre a vida, os livros e a crise...
Depois também há a Oprah, de quem sou fã desde que a vi há anos e anos. O programa dela tem um clube de livros e eu adoro essa parte gregária de conversar com as pessoas e de apostar nas amizades que já temos ou em criar novas. A trabalhar a partir de casa isso é mais ou menos complicado, por isso, essa foi a minha segunda justificação.
A terceira: os putos. Adoro-os, mas ao fim de um tempo preciso de falar com adultos que não estejam a passar pela fase dos porquês, que não sejam egocêntricos e que já tenham resolvido as suas dúvidas existenciais com o infinito. Ou isso ou que não tenham muito ranho e que não insistam em assoar-se à mesa ou em dar bufas e rirem-se a seguir. Adultos.

P.s. - Também vi uma vez uma reportagem sobre um grupo de amigas que decidiu tomar controlo das suas finanças, têm um nome lindo, são as smart cookies, e apoiam-se nas questões financeiras. Ao mesmo tempo, encontram-se, conversam e tornam-se mais amigas. O que é que pode haver melhor? Ainda outro clube que gostava de criar: o de trocar roupas e acessórios. Este tem de ser em casa, cada uma traz roupas ou acessórios que já não use (porque está farta, porque não serve... whatever), faz-se uma exposição e trocam-se peças por peças das outras pessoas. Toda a gente sai a ganhar: espaço no roupeiro e roupas novas.

1 comentário:

anniehall disse...

"eu adoro essa parte gregária de conversar com as pessoas e de apostar nas amizades que já temos ou em criar novas" sic Joaninha
Tb eu gosto mas não é facil , por impossivel que pareca não é facil.
Cheguei recentemente á conclusão de que os /as portuguesas têm dificuldade em se relacionar com pessoas fora do trabalho.Mesmo quando trabalham fazem uma distinção intransponivel entre as/os colegas do trabalho e os outros , caso os tenham, vindos da infância na maioria dos casos.
Insegurança...vaidade e mania que são superiores ?...Não :-pura tendência para a solidão e auto-exclusão .Algo herdado de um passado escuro e estranho.
Estou a falar das pessoas ditas normais ,não daquelas que só porque se sentam no autocarro no mesmo banco nos contam a vida toda....isso e os grupos que passeiam de camionete e cantam aos berros , fazem parte da população com fortes desvios de personalidade e uma deformada compreensão da vida em sociedae:)Mas andam por ai...é preciso ter cuidado.
Todas nós adoramos os ditos putos, principalmente se são nossos ou se o nosso trabalho inclui criançada , como era o meu caso ,mas haja Deus , tudo tem limites ....tem que ser com horarios! limites...férias....Uma amiga de longa data impôs a ela própria "férias de mâe" antes ou depois das f+erias que tinha no hospital.
São dois trabalhos , um remunerado e outro não ,mas férias preciso de ter dos dois senão esgoto-me , explicou uma vez e arranjou aderentes:)
Confesso que pela sucapa tb fiz algumas , era indespensavel ao equilibrio ;)
Acabo, isto de estar a chover deu para lhes encher os comentarios.