Juro que prefiro passar livros que já li às outras pessoas. Odeio aquela sensação vazia de entrar numa livraria para escolher um livro e não encontrar nenhuma referência. Só "o melhor livro do ano", "a revelação mais surpreendente de todas", "o melhor livro do mês", e por aí, com todas as frases feitas de que o marketing se lembrar.
Então agora, com os miúdos que gravitam à minha volta, sinto-me ainda mais responsável. Escolho livros que já li, repito histórias que conheço há décadas, conto tudo saudável e bonzinho. Ando a emprestar à minha sobrinha mais velha a minha colecção do Enciclopédia Brown, o miúdo filho do detective de polícia que resolve os mistérios da sua cidade à hora do jantar. A colecção é óptima, lembro-me de devorar (várias vezes) os livros que os meus pais me iam comprando. Admito que tenho medo desta nova literatura juvenil e dos valores parvos que promove, o estrelato e o sucesso fáceis, vulgo efeito Morangos com açúcar.
Também fico muito triste quando compro um livro (que andará à volta do preço de uma camisola para os miúdos) e não gosto de o ler. Pior, quando nem quero passar do primeiro capítulo. Tenho um livro desses, que comprei e de que não gostei, e que me irritou imenso por causa disso, porque é só marketing.
Mas entendo que possa haver quem goste, até fizeram um filme sobre o livro e tudo, com a miss Scarlett Johanson. Assim, e uma vez que dar está na moda (check out Oprah's Big Give series), estou a sortear este livro - "Diário de uma nanny" a quem der justificações interessantes para o receber, aqui na caixa de comentários. E, se conhecerem alguém que goste do estilo, passem-lhes este link. Sempre são mais uns visitantes a esta sala de leituras.
2 comentários:
Contra ventos e marés e a admiração geral , comprei os famosos "Pilares da Terra " de Ken Follett ,2 imensos volumes que detestei ......
Só não deixo aqui em leilão porque já os ofereci e a alguem que não deixa de ler e dizer:- que livro tão bom!
Outro de que simplesmente chorei os euros que custou foi o "A vida num sopro" de José R. dos Santos.
Explico que não gostei dos primeiros porque apesar do enredo do romance estar muito bem imaginado e escrito, se passa numa epoca que detesto e não consigo ultrapassar o asco que sinto ao imaginar as cenas excessivamente bem escritas.
Do segundo autor , nada a dizer senão que é um romance de cordel.Não consigo ter palavras para o descrever.
huumm.. reamente este título deixa algo a desejar... aposto que a nanny é muito pobrezinha e os miudos são todos ricalhaços!
Enviar um comentário