sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Lobo Antunes

Sempre adorei António Lobo Antunes. Não propriamente os livros que tive sempre dificuldade em fazer chegar ao fim, mas sim as suas crónicas, que são magníficas e que leio e releio sem qualquer emperro. Tenho pena quando o sinto deprimido na escrita, fico nostálgica quando leio as suas histórias de desamores, tenho pena quando o "ouço" convencido nas entrevistas, cheio de si e da sua arte. No entanto, até eu fico um bocadinho convencida quando leio sobre Lobo Antunes no NYT. Bem entendo que a crítica não é como costumam ser as críticas em Portugal - "o homem é um génio" ou "é o melhor escritor do mundo" são frases que se podem esperar de críticas portuguesas. Aqui, as crónicas - a minha parte preferida - são exaltadas. As short-stories não.

1 comentário:

anniehall disse...

Gostei muito de ler "memoria de elefante" .Li todos os outros ,mas aquele pelo que relatava e pela epoca em que o li ficou como referência.
Não gosto das actuais entrevistas que dá , não gostei que publicasse as cartas escritas pela mulher(já falecida ) .Fiquei chocada com essa apropriação da intimidade de alguem que não está presente, como se apenas tivesse servido para dar origem a cartas , de amor sim ,mas qual fou o tropa que não se refugiou em cartas para conseguir aguentar o tempo da guerra.?