Uma das miúdas já teve uma ideia - que eu apoio - para o próximo livro. Não sabemos nada sobre ele, só o nome e o preço. Temos a sensação de que pode ser uma boa história, precisamos de comentários.
A miúda não deve ter tido tempo para vir aqui pôr esta ideia, antes que se esqueça dela já cá fica. "Três chávenas de chá" é o nome do livro, Greg Mortenson o autor. O livro acho que custa cerca de 16 euros. Digam coisas, para ver se avanço para a compra em sentido de clube.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Histórias antigas II
Outro livro que me marcou imenso (para além de toda a colecção da Enid Blyton - O Colégio das Quatro Torres, As Gémeas de Santa Clara, A Aventura , Os Sete....) e bastante mais tarde foi "Os Cisnes Selvagens".
Saía da faculdade e no autocarro já ia a pensar no livro, desejosa de mergulhar outra vez na história.
"Os Cisnes Selvagens" é um relato na primeira pessoa de três gerações de mulheres que viveram na China no século XX. Está muito bem escrito e ajuda a perceber e ordenar um bocadinho da história da China: a avó da narradora nasceu no inicio do século, ainda tem os pés enfaixados e foi dada como concubina a um general muito mais velho. A mãe fazia parte do movimento comunista e passou por toda a revolução cultural de Mao Tsé Tung (é a parte mais assustadora do livro). A autora vive agora em Londres, é professora, e tem uma vida parecida com a nossa. (!!)
PS - Sabiam que o Noddy é da Enid Blyton? Quem disse que um bebé não nos alarga os horizontes culturais?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Histórias antigas
O nosso blog anda um bocado parado e como já acabei de ler o livro da Elizabeth Gilbert, lembrei-me de falar de outras histórias que já li.
Assim de repente, os primeiros livros a sério que li, foram "Os Cinco" da Enid Blyton.
Também leram? Não são espectaculares? Acho que marcaram (várias) gerações.
As férias enoooormes, os lanches maravilhosos recheados de scones quentinhos e compotas caseiras, a promessa de uma aventura empolgante e que acabava sempre bem. Claro que com promenores "à época" (as meninas fazem determinadas coisas e os rapazes outras bem distintas).
Li os livros num ápice e sentia-me sempre em férias com a Ana, a Zé, o David e o Júlio.
Quem leu de certeza que se lembra que "os pequenos" não dizem, "afirmam", "reparam", "advertem", "exclamam", "perguntam". Não há nada como enriquecer o vocabulário desde pequeninos.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Para quem não está a ler o livro
Elizabeth Gilbert é escritora. Um dia percebe que escolheu um caminho errado para a sua vida. É a partir desse momento que decide mudar tudo. Separa-se e inicia uma viagem espiritual em busca de prazer, paz espiritual e amor. Itália, Índia e Indonésia são os três destinos que acolhem uma Liz cada vez mais em paz. Em Itália recupera os quilos perdidos com o divórcio, na Índia recupera a paz interior e espiritual e na Indonésia recupera o amor. Um livro em formato auto-biográfico, muito bem escrito, simplesmente, apesar de bem estruturado. Bom para quem está a precisar de paz e de clarificar a relação com Deus.
Acho curioso que a Liz mude os nomes das pessoas e dos locais por onde passou. Quando se escreve um livro já se sabe o enorme sucesso que ele vai ter?
Sugestões?
E agora? Lemos o quê?
Enquanto esperamos que todas acabem de ler o livro da Elizabeth Gilbert, podemos falar também de cinema. Eu hoje vou ver o "Rumo ao Norte", um filme francês que já me disseram que é de chorar a rir e um enorme sucesso em França (eeeehhhh, temos babysitter!!!)
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Finito
Já está. Ja acabei. Gostei bastante embora não tenha tido nenhum "A-AH moment", nem me senti iluminada. Acho que a mais valia deste livro é a descomplicação (esta palavra existe?) de Deus e a descomplicação do acesso a Deus. Não é necessáriamente obrigatório seguir uma determinada religião para"lá" chegar. Foi o que sempre achei, apesar da minha educação católica e de vivermos numa sociedade que nos empurra para as crenças católicas. É por isso que fico sempre chocada e incrédula com todas as guerras que as religiões provocam, ainda por cima, entre si.
É um livro simpático, leve e agradável de ler. A Liz tem um sentido de humor inteligente e põe por palavras o que, de facto, nós já sabemos. Só não tivemos muito tempo para concretizar e verbalizar. Não é toda a gente que consegue tirar um ano para pensar nestas coisas.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
S.O.B. Save Our Blog
Escrever num blogue não é tarefa fácil.
Escrever para nós mesmos é libertador, escrever para amigos é divertido, mas escrever para um blogue impõe algum respeito. Quanto a mim, é assim que as coisas se passam: arranjo um tempinho para postar uma ideias e sei exactamente o que quero dizer. Começo a produzir a bela da literatura. Parto difícil, mas sem dores, vá lá! Escrevo uma frase. Não, não era bem isto. Apago. (tempo a passar...) Bolas, porque é que apaguei tudo? Até não estava mal! Nova frase. Boa! Mas... não gosto desta palavra. Apago. (tempo a passar...) Penso num sinónimo. Aqui está ele. OK. Tento outra frase. Fixe! Até foi fácil... Mas, não! Não posso escrever isto num blogue! Quem lê não me conhece e vai pensar que sou louca. Apaaaagaaa! Volto à estaca zero. A seguir, de repente, penso... quero lá saber! E sai tudo de repente. Todas as ideias alinhadinhas no ecrã, como se nada fora, como se não tivesse acabado de passar pela agonia inicial. Quem não passa por isto, que atire a primeira pedrinha... Vá lá, só uma...
Queridas companheiras do clube, vamos continuar (ou algumas começar!!!) a participar no blogue! O que é bom não pode acabar! Escrevam...sem medos!
Escrever para nós mesmos é libertador, escrever para amigos é divertido, mas escrever para um blogue impõe algum respeito. Quanto a mim, é assim que as coisas se passam: arranjo um tempinho para postar uma ideias e sei exactamente o que quero dizer. Começo a produzir a bela da literatura. Parto difícil, mas sem dores, vá lá! Escrevo uma frase. Não, não era bem isto. Apago. (tempo a passar...) Bolas, porque é que apaguei tudo? Até não estava mal! Nova frase. Boa! Mas... não gosto desta palavra. Apago. (tempo a passar...) Penso num sinónimo. Aqui está ele. OK. Tento outra frase. Fixe! Até foi fácil... Mas, não! Não posso escrever isto num blogue! Quem lê não me conhece e vai pensar que sou louca. Apaaaagaaa! Volto à estaca zero. A seguir, de repente, penso... quero lá saber! E sai tudo de repente. Todas as ideias alinhadinhas no ecrã, como se nada fora, como se não tivesse acabado de passar pela agonia inicial. Quem não passa por isto, que atire a primeira pedrinha... Vá lá, só uma...
Queridas companheiras do clube, vamos continuar (ou algumas começar!!!) a participar no blogue! O que é bom não pode acabar! Escrevam...sem medos!
domingo, 16 de novembro de 2008
Yoga
No seguimento da nossa conversa sobre yoga e yoga em família, que fazem todo o sentido quando lemos este livro,descobri um sítio que me parece muito giro. Vão dar uma vista de olhos no site do centro Yoga Kids, que fica em Queijas, e que tem aulas de Yoga dos zero aos 99 anos.
Até fazem festas de yoga, o que pode ser uma garantia de que os miúdos não vão passar o tempo todo aos berros como nas típicas festas infantis e de que não saímos de lá com a cabeça a fazer de coador de esparguete.
Até fazem festas de yoga, o que pode ser uma garantia de que os miúdos não vão passar o tempo todo aos berros como nas típicas festas infantis e de que não saímos de lá com a cabeça a fazer de coador de esparguete.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Temos um problema
Não há restaurantes indonésios em Lisboa. Nem no resto do País. A informação, prestada pela simpática funcionária da Embaixada da Indonésia em Portugal, coloca-nos um problema. Onde faremos o nosso próximo jantar, que deveria ser sobre a Índia, mas, como já falámos um pouco sobre a Índia, será sobre o fim da Índia e a Indonésia?
Penso que podíamos reservar já o dia 4 ou 11 de Dezembro, igualmente 5ªs feiras. Pensem nisso e apresentem ideias. Como combinámos ontem, também é de começar a pensar em próximos livros. Alguém tem propostas?
Penso que podíamos reservar já o dia 4 ou 11 de Dezembro, igualmente 5ªs feiras. Pensem nisso e apresentem ideias. Como combinámos ontem, também é de começar a pensar em próximos livros. Alguém tem propostas?
Índia mística
No Bengal Tandoori da Ajuda come-se sempre bem. A comida é muito bem feita, o atendimento muito simpático. O ambiente é o da verdadeira Índia, com as pinturas na parede e a música a dar o ambiente. Espero que toda a gente tenha achado o mesmo, senão comentem :)
Hoje já entrámos na própria da discussão sobre o livro, todas apresentaram boas desculpas para não participarem no blogue mais activamente, todas nos rimos e divertimos durante um bocado. Passámos um pouco rápido por Itália, penso que no livro a Liz também o faz. Sobre o prazer não há grande discussão. Todas concordamos que deve ser fantástico comer gelado ao pequeno almoço e pizza ao almoço e jantar, mas não é exequível.
A minha parte preferida, já chegadas à Índia(umas, as outras hão-de lá chegar) é: "Os mestres do zen dizem sempre que não podemos ver o nosso reflexo na água corrente, só em água parada". Acho lindo. Toca a respirar fundo.
Acho que estamos todas à vontade umas com as outras e que fazemos uma boa equipa. Espero que quem está um pouco desmotivado com o livro se sinta mais animado.
O velhote que ía partir para o Iraque é que é o velho do Restelo. Nós somos as descobridoras :)
Hoje já entrámos na própria da discussão sobre o livro, todas apresentaram boas desculpas para não participarem no blogue mais activamente, todas nos rimos e divertimos durante um bocado. Passámos um pouco rápido por Itália, penso que no livro a Liz também o faz. Sobre o prazer não há grande discussão. Todas concordamos que deve ser fantástico comer gelado ao pequeno almoço e pizza ao almoço e jantar, mas não é exequível.
A minha parte preferida, já chegadas à Índia(umas, as outras hão-de lá chegar) é: "Os mestres do zen dizem sempre que não podemos ver o nosso reflexo na água corrente, só em água parada". Acho lindo. Toca a respirar fundo.
Acho que estamos todas à vontade umas com as outras e que fazemos uma boa equipa. Espero que quem está um pouco desmotivado com o livro se sinta mais animado.
O velhote que ía partir para o Iraque é que é o velho do Restelo. Nós somos as descobridoras :)
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Relaxamento
Os exercícios de meditação e relaxamento da Liz são uma coisa bestial. Não posso dizer que saiba perfeitamente do que ela está a falar porque nunca tentei fazer meditação. Aliás só percebi o que era meditação, a verdadeira, agora. Pensava que era... pensar em qualquer coisa ... ou assim. Mas é precisamente o contrário. É o esforço de não pensar em nada.
No final das aulas de recuperação do parto e agora nas aulas de Pilates, há sempre um bocadinho maravilhoso dedicado exclusivamente a relaxar. Acho que é mais ou menos a mesma coisa que a meditação, mas é bastante mais fácil porque temos uma pessoa que nos guia, só temos de ir. E eu até consigo chegar àquele ponto de mente vazia. Depois acaba a aula e estamos outra vez na realidade.
Mas o que será que aconteceria se a aula não acabasse? É essa a minha dúvida, para chegar onde? Acho isso um bocadinho assustador (ou então adormecia simplesmente).
Adeus tristeza
A tristeza é um lugar e pode sair-se de lá. Isto é o que a Liz explica ao putativo candidato a uma ligação, o italiano Giovanni (página 87). Acredito nisso também, não nas ligações putativas, mas sim na possibilidade de se sair da tristeza.
É muito difícil, exige um esforço intenso, mas é possível.
Faz-me confusão quando ouço pessoas a partilhar onde calha - no cabeleireiro, na rua, no café - estarem deprimidas. Penso que a depressão não se propagandeia, combate-se. E anunciar que se está deprimido cola-nos um sticker para sempre. Apaga a nossa força de vontade. Entre as várias coisas que todos somos - filha, mãe, mulher, amiga, companheira, etc. - passamos a ser também deprimida. Que mau labeú.
Por outro lado, penso que os comprimidos suprimem as emoções, mas não as curam. Por vezes, são necessários, quando a tristeza é tão profunda que não nos deixa ver mais nada, mas são perigosos, porque apagam quimicamente uma parte importante da nossa personalidade. Se surge por qualquer motivo, a tristeza passa a fazer parte de nós. Portanto, não é suprimindo temporariamente as emoções que as resolvemos. É com calma, com pesquisa interior, falando com os outros (às vezes os estranhos ainda são mais fáceis), tentando esforçadamente acalmar os demónios interiores.
"Finalmente percebi que posso ir aonde eu quiser" (pág. 115). Esta é a realização da liberdade. Que privilegiados somos hoje, podendo decidir quase livremente da nossa vida.
É muito difícil, exige um esforço intenso, mas é possível.
Faz-me confusão quando ouço pessoas a partilhar onde calha - no cabeleireiro, na rua, no café - estarem deprimidas. Penso que a depressão não se propagandeia, combate-se. E anunciar que se está deprimido cola-nos um sticker para sempre. Apaga a nossa força de vontade. Entre as várias coisas que todos somos - filha, mãe, mulher, amiga, companheira, etc. - passamos a ser também deprimida. Que mau labeú.
Por outro lado, penso que os comprimidos suprimem as emoções, mas não as curam. Por vezes, são necessários, quando a tristeza é tão profunda que não nos deixa ver mais nada, mas são perigosos, porque apagam quimicamente uma parte importante da nossa personalidade. Se surge por qualquer motivo, a tristeza passa a fazer parte de nós. Portanto, não é suprimindo temporariamente as emoções que as resolvemos. É com calma, com pesquisa interior, falando com os outros (às vezes os estranhos ainda são mais fáceis), tentando esforçadamente acalmar os demónios interiores.
"Finalmente percebi que posso ir aonde eu quiser" (pág. 115). Esta é a realização da liberdade. Que privilegiados somos hoje, podendo decidir quase livremente da nossa vida.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Finalmente!
Sim, finalmente arranjei tempo e maneira de participar no nosso blogue, o que não quer dizer que não esteja empenhada na leitura do nosso livro, o qual confesso que à partida me deixou um bocadinho de pé atrás. É verdade, quando vi a capa pensei que não seria propriamente aquilo que mais me apetecia ler nesta altura, mas desde que comecei que se tem revelado um agradável surpresa. Estou ainda na parte de Itália e uma das passagens que mais me encantou até agora foi aquela em que ela vai no carro com a amiga e faz uma petição a Deus para que o seu divórcio termine. Identifiquei-me a 100% com a ideia de que os nossos problemas são demasiado "pequenos" para poderem dar origem a qualquer tipo de preocupação divina e fiquei surpreendida e verdadeiramente maravilhada com a forma com a amiga encarou a situação e a incentivou a pedir aquilo que realmente precisava sem qualquer complexo. Não seria mais simples se todos encarassemos a religião com algo menos inalcançável?
domingo, 9 de novembro de 2008
Bel far niente
O que é a suprema beleza de não fazer nada?
Os italianos sabem que têm direito ao prazer, os americanos à culpa e os portugueses, a que julgam ter direito? Eu sinto-me muitas vezes presa às constrições judaico-cristãs, algo que me irrita um pouco e limita. Mas acho que podíamos, enquanto país, especializar-nos em achar que temos direito à felicidade. E se de um dia para o outro as pessoas andassem todas felizes? Com um sorriso na cara tudo é mais fácil...
E, por outro lado, o que é o prazer? Comer faz parte da minha ideia de prazer. Família e amigos também. Chocolate. Caipirinhas. Discutir com pessoas inteligentes. Ler. Descansar. Mergulhar. Ver um bom filme. Andar descalça na praia. Calor. Beijinhos. Descobrir coisas novas. Bolos e biscoitos. Cozinhar....
Os italianos sabem que têm direito ao prazer, os americanos à culpa e os portugueses, a que julgam ter direito? Eu sinto-me muitas vezes presa às constrições judaico-cristãs, algo que me irrita um pouco e limita. Mas acho que podíamos, enquanto país, especializar-nos em achar que temos direito à felicidade. E se de um dia para o outro as pessoas andassem todas felizes? Com um sorriso na cara tudo é mais fácil...
E, por outro lado, o que é o prazer? Comer faz parte da minha ideia de prazer. Família e amigos também. Chocolate. Caipirinhas. Discutir com pessoas inteligentes. Ler. Descansar. Mergulhar. Ver um bom filme. Andar descalça na praia. Calor. Beijinhos. Descobrir coisas novas. Bolos e biscoitos. Cozinhar....
Dúvida
... E, na página 35, uma dúvida existencial.
Diz o curandeiro para Liz: " Preocupas-te demasiado. Deixas-te sempre levar pela emoção e pelos nervos".
Não é isso a essência de ser mulher? As mulheres não são todas assim?
Diz o curandeiro para Liz: " Preocupas-te demasiado. Deixas-te sempre levar pela emoção e pelos nervos".
Não é isso a essência de ser mulher? As mulheres não são todas assim?
Amor à primeira
Espero que nenhuma das sócias se farte de me ouvir, mas há alturas em que precisamos mesmo de qualquer coisa para dar energia à nossa vida. Pode ser uma música, acontece-me muito, pode ser um sumo de laranja, é poderoso, pode ser um livro... O que quiserem.
E, como na vida e no amor, para ler um livro e para gostar de o fazer, há um momento em que nos deixamos enrolar, em que percebemos que aquele livro foi feito para ser lido por nós. Como quando percebemos que há um homem que é o homem da nossa vida.
Fiquei apanhada pelo livro que estamos a ler na página 21. Tenho um problema com a gestão de expectativas. Se me dizem que uma coisa é muito boa, elevo a barreira e às vezes é mais difícil gostar tanto como esperava gostar. E, por isso, vou desconfiada, de sobrolho carregado, até ao momento em que descruzo os braços e me entrego, satisfeita, à leitura.
A frase, já não sei quem disse, penso que uma amiga ou a irmã de Liz.
"Ter um bebé é como fazer uma tatuagem no rosto. É preciso ter a certeza que é isso que se quer antes de a fazer."
É engraçado porque desde sempre que sei que queria esta "tatuagem".
E, como na vida e no amor, para ler um livro e para gostar de o fazer, há um momento em que nos deixamos enrolar, em que percebemos que aquele livro foi feito para ser lido por nós. Como quando percebemos que há um homem que é o homem da nossa vida.
Fiquei apanhada pelo livro que estamos a ler na página 21. Tenho um problema com a gestão de expectativas. Se me dizem que uma coisa é muito boa, elevo a barreira e às vezes é mais difícil gostar tanto como esperava gostar. E, por isso, vou desconfiada, de sobrolho carregado, até ao momento em que descruzo os braços e me entrego, satisfeita, à leitura.
A frase, já não sei quem disse, penso que uma amiga ou a irmã de Liz.
"Ter um bebé é como fazer uma tatuagem no rosto. É preciso ter a certeza que é isso que se quer antes de a fazer."
É engraçado porque desde sempre que sei que queria esta "tatuagem".
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Palavras bonitas
Ainda estou no início do livro (em Itália), mas já me identifiquei com a Liz: adoro italiano, sempre foi a minha lingua preferida. Também já quis ter aulas de italiano só porque sim, só porque é bonito. Tive respostas do mesmo género "o espanhol é mais util", "e porque não o francês?", "mas o que vais fazer com o italiano?", lá está: nada. É só porque é agradável de ouvir e falar.
Há uns tempos fui visitar uma amiga a Milão e os "ciao bella" que ouvíamos na rua eram sempre uma festinha no ego. Quem é que não gosta de ouvir um piropo bem disposto e galanteador?
A minha lua-de-mel foi passada em Itália e sempre que sabiam que eramos recém-casados, respondiam com um sorriso derretido e romântico: "auguri!" (os homens geralmente davam umas palmadinhas nas costas do F.)
A origem do italiano feita pela Liz é surpreendente e a ser verdade, é um luxo e explica muita coisa.
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Um viva esquecido (2)
Mais um viva esquecido, para a observadora e outsider amiga Annie Hall, que mais visivelmente neste blogue nos tem mostrado o seu apreço e consideração. Sempre atenta e divertida, são dela grande parte dos comentários que aqui podemos ler. Se quiser, também poderemos fazê-la sócia honorária e enviar-lhe as actas das nossas reuniões :)
Um viva esquecido
Um viva esquecido para o observador amigo André, que mesmo sem conhecer as nossas capacidades organizativas, literárias e de produção de posts nos pôs entre os seus cinco blogues favoritos. Assim é que é André. Qualquer dia propomos-te para sócio honorário, com direito a receber as actas das reuniões e tudo.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Assim é que devia ser
Olha como nós podíamos fazer o nosso clube de livros, assim numa salinha com ar de biblioteca, com vinho e com tartes caseiras e assim, sei lá, sentadinhas em sofás com um ar super desconfortável. E com queijo.
Acho piada à miúda do cabelo encaracolado que não quer silêncio na vida dela mas que anota todos os dias cinco coisas boas que lhe aconteceram. Já tentei, mas esqueço-me sempre. Da mesma maneira que me esqueço de tirar fotografias aos pés e às mãos dos meus filhos, que vão crescer e que nunca mais vão ser assim, pequeninos e amorosas.
Acho piada à miúda do cabelo encaracolado que não quer silêncio na vida dela mas que anota todos os dias cinco coisas boas que lhe aconteceram. Já tentei, mas esqueço-me sempre. Da mesma maneira que me esqueço de tirar fotografias aos pés e às mãos dos meus filhos, que vão crescer e que nunca mais vão ser assim, pequeninos e amorosas.
A-ha ainda bem que já compraste o livro!
Sua indolente...
Mas, por acaso, o livro não é uma recomendação do Clube de Livros da Oprah, foi recomendado no próprio do progama. Curiosamente, montes das sócias do nosso clube viram esse programa. Eu acho que fui a única que não o vi. Sabem? É que a minha vida tem coisas mais emocionantes do que ver a Oprah... Como ver o CSI - de que, por acaso também, já estou um pouco farta.
Adiante. Já que estamos a falar sobre a Oprah e porque nos EUA estes clubes estão muito na moda, as editoras lá estão a organizar guiões para orientar as reuniões, que imprimem nas capas dos livros - não são simpáticos? É claro que as perguntas às vezes são um pouco básicas, mas basta para serem um ponto de partida.
A editora do nosso livro nos EUA escolheu, entre outros, estes temas:
- Gilbert writes that “the appreciation of pleasure can be the anchor of humanity,” making the argument that America [e a Europa também] is “an entertainment-seeking nation, not necessarily a pleasure-seeking one.” Is this a fair assessment?
- After imagining a petition to God for divorce, an exhausted Gilbert answers her phone to news that her husband has finally signed. During a moment of quietude before a Roman fountain, she opens her Louise Glück collection to a verse about a fountain, one reminiscent of the Balinese medicine man’s drawing. After struggling to master a 182-verse daily prayer, she succeeds by focusing on her nephew, who suddenly is free from nightmares. Do these incidents of fortuitous timing signal fate? Cosmic unity? Coincidence?
- Do you think people are more open to new experiences when they travel? And why?
- Abstinence in Italy seems extreme, but necessary, for a woman who has repeatedly moved from one man’s arms to another’s. After all, it’s only after Gilbert has found herself that she can share herself fully in love. What does this say about her earlier relationships?
- Sitting in an outdoor café in Rome, Gilbert’s friend declares that every city—and every person—has a word. Rome’s is “sex,” the Vatican’s “power”; Gilbert declares New York’s to be “achieve,” but only later stumbles upon her own word, antevasin, Sanskrit for “one who lives at the border.” What is your word? Is it possible to choose a word that retains its truth for a lifetime?
Já dá muito que pensar. Adorava poder ser eu a fazer isto quando a moda pegar cá por Portugal. É preciso ler os livros com calma e pensar, também com calma, no que eles transmitem e nas discussões que podem despoletar nos leitores. É lindo!
Mas, por acaso, o livro não é uma recomendação do Clube de Livros da Oprah, foi recomendado no próprio do progama. Curiosamente, montes das sócias do nosso clube viram esse programa. Eu acho que fui a única que não o vi. Sabem? É que a minha vida tem coisas mais emocionantes do que ver a Oprah... Como ver o CSI - de que, por acaso também, já estou um pouco farta.
Adiante. Já que estamos a falar sobre a Oprah e porque nos EUA estes clubes estão muito na moda, as editoras lá estão a organizar guiões para orientar as reuniões, que imprimem nas capas dos livros - não são simpáticos? É claro que as perguntas às vezes são um pouco básicas, mas basta para serem um ponto de partida.
A editora do nosso livro nos EUA escolheu, entre outros, estes temas:
- Gilbert writes that “the appreciation of pleasure can be the anchor of humanity,” making the argument that America [e a Europa também] is “an entertainment-seeking nation, not necessarily a pleasure-seeking one.” Is this a fair assessment?
- After imagining a petition to God for divorce, an exhausted Gilbert answers her phone to news that her husband has finally signed. During a moment of quietude before a Roman fountain, she opens her Louise Glück collection to a verse about a fountain, one reminiscent of the Balinese medicine man’s drawing. After struggling to master a 182-verse daily prayer, she succeeds by focusing on her nephew, who suddenly is free from nightmares. Do these incidents of fortuitous timing signal fate? Cosmic unity? Coincidence?
- Do you think people are more open to new experiences when they travel? And why?
- Abstinence in Italy seems extreme, but necessary, for a woman who has repeatedly moved from one man’s arms to another’s. After all, it’s only after Gilbert has found herself that she can share herself fully in love. What does this say about her earlier relationships?
- Sitting in an outdoor café in Rome, Gilbert’s friend declares that every city—and every person—has a word. Rome’s is “sex,” the Vatican’s “power”; Gilbert declares New York’s to be “achieve,” but only later stumbles upon her own word, antevasin, Sanskrit for “one who lives at the border.” What is your word? Is it possible to choose a word that retains its truth for a lifetime?
Já dá muito que pensar. Adorava poder ser eu a fazer isto quando a moda pegar cá por Portugal. É preciso ler os livros com calma e pensar, também com calma, no que eles transmitem e nas discussões que podem despoletar nos leitores. É lindo!
terça-feira, 4 de novembro de 2008
AH-A
Claro que já sabiam que o livro da Elizabeth Gilbert é uma das sugestões do clube de livros da Oprah? Eu não. Quer dizer, vi agora, que já tenho o livro. E ao ver a foto da Liz lembrei-me que até vi o episódio da Oprah sobre o livro.
Todo o programa é sobre os "Ah-A moments" da Liz (um momento "Ah-A" é quando alguém tem uma revelação fantástica, bate com mão na testa e diz (ou pensa) "Ah-A! Como é que ainda não tinha visto isto antes?"), que são a base e a razão de ser deste livro, os "Ah-A moments" da Oprah, os "Ah-a moments" de algumas senhoras no público e os "Ah-A moments" de espectadoras que enviaram cartas a relatar como tinham sido influenciadas de alguma forma pelas experiências da Elizabeth Gilbert.
Confesso que estou desejosa \ curiosa para saber qual será o meu "Ah-A moment", e sobre quê já agora.
Se não der em nada, é ao menos uma boa desculpa para ir jantar ao Indiano com a certeza de umas boas gargalhadas à mistura.
A sangria é que não liga muito bem com caril, pois não?
Chegada à Índia
Desde que "cheguei à Índia", tenho feito um enorme esforço para mergulhar no mar de tranquilidade descrito por Liz. Juro que tenho. Repito, esperançada, as palavras sábias que poderão estabelecer a ligação directa entre a minha mente e uma qualquer ordem divina. Om (pausa) Namah (pausa) Shivaya (pausa). Om Namah Shivaya. Nada. Não acontece nada. Insisto. Om Namah Shivaya! Hello! Eu estou a pensar Om Namah Shivaya!
Nada vezes nada.
Decido continuar a ler. A conversa de Liz com a sua própria mente, durante a meditação poderia ser minha. Tentar não pensar em nada, para mim, não passa disso mesmo: tentar. A voragem da vida a vencer-me... e eu a tentar... não pensar. Até que, umas páginas depois, encontro o mantra que, tenho a certeza, irá fazer com que eu consiga meditar. Ham-sa. Ou melhor: Ham (a inspirar) sa (ao expirar). Agora é que vou mesmo conseguir!
Nada vezes nada.
Decido continuar a ler. A conversa de Liz com a sua própria mente, durante a meditação poderia ser minha. Tentar não pensar em nada, para mim, não passa disso mesmo: tentar. A voragem da vida a vencer-me... e eu a tentar... não pensar. Até que, umas páginas depois, encontro o mantra que, tenho a certeza, irá fazer com que eu consiga meditar. Ham-sa. Ou melhor: Ham (a inspirar) sa (ao expirar). Agora é que vou mesmo conseguir!
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